A professora Mônica Viegas, coordenadora do GEESC, e a pesquisadora e doutora em Economia Laura Botega participam na próxima terça-feira, 20 de outubro, às 15 horas, do webinar Desempenho do Setor Hospitalar do Sistema Único de Saúde, promovido pelo Banco Mundial em parceria com a SECEX Saúde – Tribunal de Contas da União.
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O evento será realizado na plataforma Microsoft Teams, através do link a seguir:
Moderador:
Edson C. Araujo – Economista Senior (Banco Mundial)
Abertura:
Marcelo Aragão – Secretário da Secex-Saúde (Tribunal de Contas da União)
Palestrante:
Laura Botega – IPC-IG/PNUD e Cedeplar/UFMG
Debatedores:
Stella Lobo – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ)
Monica Viegas – Professora Titular (Cedeplar, UFMG)
Saul Campos Berardo – Auditor Federal de Controle Externo (Tribunal de Contas da União)
Sumário:
A rede hospitalar brasileira tem sido apontada como um dos maiores desafios do Sistema Único de Saúde (SUS). Análise da Banco Mundial mostra que há um espaço significativo para tornar o gasto com saúde mais eficiente, particularmente no nível hospitalar. Primeiramente, há um número excessivo de hospitais pequenos (que não são economicamente eficientes, pois operam em baixa escala), o que aponta para a necessidade de equilibrar o objetivo, por um lado, de aumentar a proximidade entre os serviços hospitalares e os cidadãos e, por outro lado, a eficiência. Em segundo lugar, as taxas de ocupação de leitos hospitalares são muito baixas, em média, 45% para todos os hospitais do SUS e apenas 37% no caso dos leitos de alta complexidade. As taxas de ocupação observadas no SUS são muito inferior à média da OCDE, de 71%, e muito abaixo da taxa de ocupação desejável, entre 75% e 85%.
O webinar terá a apresentação e discurso de recente estudo (realizado no CEDEPLAR/UFMG) que buscou: (i) caracterizar a organização dos hospitais gerais brasileiros que prestam serviço ao SUS; (ii) combinar análise de envoltória de dados (DEA) e análise espacial para medir a ineficiência hospitalar e analisar seu padrão espacial em todo o país. Os resultados apontam para um alto nível de ineficiência hospitalar, principalmente associado à escala de produção e distribuído por todos os estados brasileiros. Muitos desses hospitais poderiam aumentar o volume de atendimentos e reduzir os recursos empregados para alcançar padrões de eficiência mais altos; e (iii) examinar alternativas de encaminhamentos de pacientes do SUS com o fechamento dos hospitais mais ineficientes, através da análise de um problema de otimização que visa minimizar a distância percorrida pelos pacientes. O estudo indicou que a otimização dos recursos hospitalares pode ser alcançada na maioria dos casos sem prejuízo do princípio da equidade.